Eu tinha uma pergunta no meu estoque de ideias* que era:
“Se você se encontrasse com a Luiza Helena Trajano, que pergunta gostaria de fazer para ela”?
De repente, lá estava eu na mesma sala virtual que a Luiza Helena Trajano, em uma reunião fechada como convidada do Corecon SP (Conselho Regional de Economia).
Claro que nada hora lembrei desta questão anotada – só que, por ironia do destino, eu não tinha a tal pergunta (apenas a reflexão dela).
Eu me coloquei apenas no papel de ouvinte, chegando a chorar de emoção ao ver tanta humildade que ela traz na fala, no comportamento e na escuta com as pessoas – logo eu que não sou de tietar grandes personalidades.
Luiza, como gosta de ser chamada, me fez recordar do quanto gosto de pessoas que deixam o ego totalmente de lado para falar com pessoas.
“Não precisa ler o currículo. Preciso apenas falar”.
Foi o que faltava para me ganhar de vez, pois geralmente torço o nariz para quem enaltece apenas os títulos.
Outra fala potente que despertou ainda mais minha atenção e admiração foi saber que a Luiza usa a intuição como processo de decisão.
Uauuuu! Segundo ela, intuição é a união de inteligência com experiência.
Mas ainda assim, me faltava a pergunta. O que eu gostaria de saber da Luiza, que não esteja no Google ou nos vários vídeos e Live que ela já fez?
Você pode se questionar: preciso mesmo perguntar algo? Por que não só ouvir?
Já pensei muito nisso, mas na minha jornada empreendedora de destacar a minha marca e me posicionar no mundo dos negócios, aprendi que você precisa ser uma pessoa notável e sim, precisa aprender a fazer boas perguntas.
- Ao perguntar, você também trabalha o seu processo reflexivo e expansivo.
- Ao perguntar você abre seu olhar para a percepção do outro.
- Ao perguntar você tem a oportunidade de conhecer a história, caminho, experiências, erros e acertos do outro.
- Ao perguntar você pode se conectar com o outro, gerando um possível interesse de parceria.
Enfim, qual foi a minha pergunta?
“Luiza, além de ter a intuição com critério para suas ideias, o que mais faz parte do seu processo inovador? Qual referência ou tendências gosta de acompanhar?”
Compartilho a síntese das maravilhosas respostas que ela permeou:
- Libere as suas ideias e tenha liberdade para as novas ideias.
- Venda, Venda e Venda.
- Tenha gestão do fluxo de caixa.
- Pense rico e não use o dinheiro como desculpa para tomar decisões.
- Ação. Não adianta fazer um monte de curso e não colocar em prática.
Além disso, divido outras reflexões que aconteceram nesse encontro:
- Tenha cabeça de solução.
- Pense sempre em novas opções.
- Seja aberta do ao novo e “Não tenha medo de inovar”.
- Comunicação não é o que eu sinto, e sim o que os outros entendem!
- Não tenha medo de parcerias.
- Mesmo em uma empresa de família, precisamos profissionalizar (ser mais profissionais).
- É importante implementar governança e processos.
- Nem todos têm perfil empreendedor – alguns são apenas gestores.
- Crie os inegociáveis nas suas conversas e relações.
- Dê valor dos QIs e pessoas melhores que você.
- Não misture PJ e PF.
Para encerrar, já que este Blog é para se conectar com mulheres de negócio, seguem as habilidades essenciais para a Empreendedora, segundo a Luiza (e segundo a Nadia também):
1.. Querer | Você precisa querer muito empreender
2.. Trabalhar | É muito trabalho todos os dias.
3.. Pagar o preço | Do tempo e de dinheiro. Você abrirá mão de muita coisa no início.
4.. Gostar do que faz | Tornará o caminho mais fácil.
5.. Dedicação | É o seu tempero para fazer o negócio prosperar.
6.. Vai fazendo | Não espere muito! Teve a ideia, vai lá e faz!
Obrigada Luiza, por essa chuva de conhecimento e incentivo para a ação!
*Estoque de ideias = arquivo, notas, planilhas ou caderno com a finalidade de reunir todas as ideias que eu vou tendo, dentro de determinado assunto. Aquele lugar reservado para concentrar todas as ideias e não confiar apenas na memória. O lugar onde você esvazia suas ideias.